17 de maio de 2011

Dos meus sonhos, e das minhas realizações!




Eu nasci pobre, nasci sem ter o que comer e dormi no carrinho durante meses... Estudei em escola publica, meu sonho era ir de perua à escola... Comia merenda e repetia, comprava 50 centavos de bala e era raro. Fui pro colegial e daí comecei a entender muita coisa, tracei muitos planos, aprontei demais... Fui destaque, fui pra diretoria, fui pro fundão... Fui da primeira carteira. Já no colégio, com uma vida 200% diferente... Materiais de primeira, uniforme completo, tenis novo... A fila da merenda já não era tão necessaria e foi substituida pela da cantina. Depois da escola, tinha aquela ida basica ao shopping pra comer no MC e fofocar, naquela época já  tomava decisões, mandava em mim, ia se queria, faltava quando quisera. Já no colégio tive a oportunidade de ter o comando das minhas decisões e decidi... Decidi aprender a escrever e a falar bem, decidi aprender a lidar com as pessoas ruins, porque lidar com as boas, é fácil... Aprendi a identificar as ovelhas negras, e a tratá-las com seu devido respeito, aprendi a entrar na favela e sair quietinho, do jeito que entrei... Aprendi a ver mas não enxergar tão bem... a ouvir, mas esquecer, rapidinho... E me decidi, decidi que a minha vida não seria fácil, que os meus objetivos seriam difíceis, que as pessoas que eu escolhera, seriam complicadas, e que eu seria alguém diferente e por isso, pagaria o preço

Daí eu decidi sonhar, decidi sonhar em ter um amor, pra te-lo, ou te-los, no plural, decidi em namorar e namorei, decidi em terminar, terminei... Decidi em me apegar e me apeguei, decidi em estipular metas, em infincar sonhos, e eis-me aqui... Sonhos estes, tão complexos quanto eu, sonhos estes, tão fora de moda e fora de contexto, para alguém de 18 anos, sonhos de gente grande.

Quais são? Os mais quadrados possíveis... Ter alguém, ser de alguém, amar alguém, ser amado por alguém, ter alguém pra ligar e reclamar, ser de alguém pra atender e ouvir, ter alguém pra ir à uma festa chata, ser de alguém pra acompanhar num passeio de índio... Ter contas, trabalhar pra paga-las... Ter bens e batalhar pra mante-los. Planejar férias, ir à agencias de turismo, fazer um pé de meia... Comprar eletrodomésticos de ultima geração... Com alguém...

Fico pensando, amadurecendo minhas idéias e me questionando se realmente elas não passam de uma carência afetiva grave... Bem grave... mas não! Infelizmente.

Porque ao entrar em uma grande empresa, trabalhar um dia inteiro, folgar, receber bem, ter benefícios, não me deixam dispersar do meu objetivo principal... ir a bares, baladas, sair com pessoas bonitas, ditas ‘cobiçadas’ não me fazem crer que é uma grande bobagem ficar preso à um só.  Ao contrario, só me fazem pensar o quanto eu preciso 'evoluir' pra obter o meu sucesso naquilo em que acredito ser essencial.

Hoje eu to pensativo...

:*

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